domingo, 26 de março de 2017
sábado, 25 de março de 2017
Porque nos escondemos,
vivendo no privado? Pois a vida pública é reveladora? Ela mostra nossos medos, expõe
intenções reprimidas, e coloca em prova o proibido?
Ficar na “caverna” revela a
depressão do forte, ou pelo menos do que acha ser forte. Subjuga a pressão
interna exaltando a pressão externa.
Corremos como loucos em
busca do imaginável, daquilo que não é real, ou daquilo que queremos que seja
real. Somos como pessoas gregorianas em busca de conclamações filosóficas platônicas.
Nessa sede desenfreada, corremos para as praças públicas do nosso mundo
ilusório, querendo ouvir a alma falar. Mas será que a alma fala? Ou apenas
repete o que o meu ego quer ouvir.
Queremos ouvir o filosofar
dos pensadores, enquanto eles mesmos, o que queriam era ser ouvidos por si
próprios.
Parece estranho quando
olhamos o espelho querendo ver o nosso reflexo, quando, o que nos representa é
um reflexo querendo nos ver. Ele procura descobrir, entender o mistério do
interior da imagem, descobrindo o pensamento da existência. Mas chega a
conclusão que tudo o que aparentemente se vê se dissolve ao afastar-se da
realidade da vida.
Quantos momentos que se
aproximamos? E quando achamos que estamos próximos, é aí que nos afastamos,
como sombra da luz de uma vela, como silueta do morro embaixo no vale em noite
de lua cheia.
A vida tenta alcançar seu
ápice, e por mais que luta, corra, sempre saberá que é apenas vestígio do que
hoje foi, e que amanhã, amanhã...
Autor: Adinaldo B. da Silva
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